Pablo Neruda - Poderes - Pablo Neruda

Pablo Neruda - Poderes

Talvez o amor restitua um cristal quebrado no fundo
do ser, um sal esparzido e perdido
e apareça entre o sangue e o silêncio como a criatura
o poder que não impera se não dentro do gozo e da alma
e assim neste equilíbrio poderia fundar-se uma abelha
ou encerrar as conquistas de todos os tempos numa papoula,
porque assim de infinito é não amar e esperar na margem de um rio redondo
e assim transmutados os vínculos no mínimo reino recém-descoberto.

Pablo Neruda
(In "Memorial de Isla Negra". Brasil: L&Pm, 2007)

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